Um menino queria ir ao parque. Sua mãe havia feito uns pastéis. Então decidiu lanchar no parque. Pegou alguns, uma garrafinha de refrigerante e dois copos descartáveis grudados, os quais pensava ser um só. Sentou-se num banco, ao lado de um velhinho. Nada disse. Abriu sua lancheira para pegar um pastel, e o pegou. Mas antes de comê-lo, deu uma olhada para o velhinho. Ele parecia estar com fome. Ofereceu a ele e, para a sua surpresa, antes de aceitar, abriu-lhe o sorriso mais belo que já havia visto. Mais um pastel para cada um, e outro sorriso. Pegou o refrigerante, torcendo para que o velhinho aceitasse. Aceitou, e pagou mais uma vez com outro sorriso. E que sorriso!. A tarde estava chegando ao fim. Por que será que os bons momentos são tão efêmeros? Será que em outro dia o encontraria novamente? Despediu-se, e fanhou o último sorriso. Foi correndo para casa. Sua expressão de felicidade no rosto era inquestionável. Sua mãe, notando, perguntou-lhe:
-Que cara é essa de felicidade, menino?
-É que fui ao parque, para comer pastéis e tomar refrigerante com Deus, mãe! E olhe que o sorriso dele é maravilhoso. Nunca vi outro igual!
Enquanto isso, o velhinho também chegava em casa. Aliás, nunca havia chegado tão contente. Sua esposa, intrigada, lhe pergunta:
-Mas que ar de felicidade é este?
-Mulher, eu acabo de comer pastéis e tomar refrigerante com Deus lá no parque. E nem imaginava como Ele é jovem!
Então a mensagem que fica é que embora Deus seja um só, Ele parece ser diferente para muitos. Ele é negro na África, tem olhos puxados no Oriente, é loiro, ruivo, moreno, etc. Muitos o procuram em lugares complicados, mas Ele é singelo, simples, amoroso, tem um sorriso maravilhoso, a imortalidade, a eternidade, e porisso pode ser velho ou jovem. Ele mora no parque, no coração, na lágrima, na flor, na luz, na nota musical. Ele está em mim, porisso não consigo vê-lo. Mas o enxergo em outros. Na criança, no velho, no mendigo, no aflito, na natureza. Deus é onda mansa, é cachoeira, é botão em flor. É o vôo suave das asas, é o alimento no bico das crias, é o alvorescer, é o arco-íris. Feliz daquele que conseguiu ver a Deus em pelo menos numa destas coisas. Agora vamos falar dos seus problemas... Será que é preciso? Deixe-os para lá, pois basta a cada dia o seu próprio mal. Doravante passe a enxergar o lado bom das coisas, e jogue fora o que não presta. Pegue a sua lancheira e vá para o parque, ou para o riacho, para a praia, para a montanha, sei lá. Siga o seu palpite. Sim, é lá onde Deus vai estar, e de lá, você voltará muito diferente. E Ele também!
A Paz do Senhor!