Por mais vezes, em seus pronunciamentos, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, como cristão, sua posição é contrária ao aborto, mas que, como Presidente da República e primeiro responsável pela saúde pública da população, luta por sua descriminalização: «Eu tenho um comportamento: como cristão, sou contra o aborto. Agora, como chefe de Estado, sou favorável a que o aborto seja tratado como uma questão de saúde pública, porque é preciso que o Estado dê atenção a pessoas que tiveram uma gravidez indesejada. Se o Congresso quiser fazer um debate, será bem-vindo. O Papa defende um conceito da Igreja. Eu tenho a minha visão e ela continua inalterada». Sem dúvida, não é fácil para um governante navegar em águas tão turbulentas como são as ideologias que tumultuam a vida cultural e social de um país! Mais ainda no mundo das religiões, onde parece que a confusão cresce a cada dia que passa, dado o pulular de seitas que se apresentam com as exigências mais estranhas e bizarras. O Presidente tem que ser o governante de todos os cidadãos, independentemente da religião que eles professam – ou não professam! Nesse sentido, muita coisa deveria ser revista na sociedade atual. Uma delas é a ques-tão dos feriados religiosos, que dizem respeito a apenas uma Igreja, mesmo que majoritária –, a não ser que eles sejam vistos como um patrimônio cultural, incorporado às tradições da nação. Outra anormalidade é a pretensão de transformar normas estritamente religiosas, como é o caso da Sharia, em lei civil imposta a toda a sociedade, mesmo para quem não é muçulmano. Ou ainda a proibição imposta aos católicos de ocuparem os cargos de reis e de primeiros-ministros na Grã-Bretanha. De outro lado, pode existir também um cerceamento da liberdade determinado pelas minorias. Para obterem e garantirem o que julgam um direito, acabam estabelecendo normas e comportamentos que contradizem o bom senso e a cultura da maioria. Se a laicidade isenta o Estado de se sujeitar a normas estritamente religiosas, contudo ela não pode ser transformada num pretexto para ab-rogar a lei natural, inserida por Deus na alma humana para salvaguardar a vida e o matrimônio, as duas tendências fundamentais do ser humano. Não é porque a Bíblia considera pecado que é proibido matar ou casar entre pessoas do mesmo sexo. É a própria razão que o demonstra, sempre que sustentada por uma consciência sadia e pela busca humilde da verdade que se oculta na natureza das coisas. Assim, uma coisa é acabar com os feriados religiosos – caso estejam prejudicando a harmonia, os direitos e o bem-estar da população –, e outra, muito diferente, exigir a liberalização do aborto e do “casamento” homossexual. Por isso, apesar do estilo um tanto impositivo que caracterizava os homens da Igreja de seu tempo, podem ser ainda atuais as palavras proferidas por um bispo italiano, João Batista Scalabrini, há 122 anos, numa Carta Pastoral publicada no dia 1º de fevereiro de 1887, com o significativo título: “Católicos de nome e católicos de fato”: «Há pessoas que afirmam: “A civilização atual pede uma coisa ao homem religioso e outra ao homem político”. Essas palavras foram extraídas das fontes da impiedade moderna. Cuidado com elas: nada as pode justificar! Dividir o homem em dois é loucura, sofrimento, hipocrisia e covardia! Na vida política e social, o homem precisa refletir no exterior o que tem no coração. Aliás, mesmo se pudesse agir diversamente, não o deveria fazer. Um homem com duas faces – que crê e não crê, que ama e não ama, que quer e não quer – é hipócrita de uma hipocrisia nova e moderna, mas sempre hipocrisia! Jesus não ensinou dois modelos de moral: uma pública e outra particular, uma para o homem de família e outra para o homem de negócios. Esta poderia ser a moral de Ma-quiavel, mas não a moral de Jesus! Jesus não quer divisões, fingimentos e duplicidades. Ele é sempre o mesmo, sempre o mesmo Senhor, sempre o nosso Deus, em tudo e em toda a parte. Um dia pedirá nos contas de acordo com o seu Evangelho – que é o seu código úni-co, imutável e eterno – de todas as idéias, palavras e atitudes privadas e públicas, religiosas e civis, de nossa vida! Quem assim crê é cristão e católico; mas quem assim mão crê, poderá ser o que qui-ser, e chamar-se como quiser, mas, com toda a certeza, cristão e católico é que não é!» Uma coisa é certa: quem quiser passar de católico de nome para católico de fato será sempre um sinal de contradição: de queda para uns e de salvação para outros – exatamente como Jesus (Cf. Lc 2,34).
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de EU PRECISO DE DEUS !!!.

Entrar em EU PRECISO DE DEUS !!!

o_site_eu_preciso_de_deus_na_tela_de_um_celular

PRA ONDE VOCÊ QUER IR ?

O site EU PRECISO DE DEUS te oferece essas opções:

Jesus_Cristo_ abraçando_uma_pessoa

rapaz_teclando_no_computador_para_adicionar_conteudos_em_eu_preciso_de_deus

escombros_de_Gaza_guerra_com_Israel

notas_músicais

miniatura_de_alguns_membros_do_site_eu_preciso_de_deus 

jesus_chamando

jovem_séria

mensagens_exclusivas_nascidas_aqui_em_eu_preciso_de_deus 

motociclista_observando_uma_linda_estrada_arborizada_em_bonito_mato_grosso_do_sul 

vídeo 

porta parcialmente aberta

 jesus_cristo_ com_coroa_de_espinhos

 bíblia_velha_rasgada_e_aberta

      miniatura_jesus_olhando_pra_cruz

 jesus_cristo_olhando_pra_cruz

 logo_do_whatsapp_e_o_número_de_contato

 rapaz_teclando_em_computador

 botão_início