Jesus respondeu-lhe: «Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras.
Quem não me ama, não guarda as minhas palavras.
Interessante esta frase do Evangelho de hoje.
Jesus fala “quem não me ama, não guarda as minhas palavras”. Logo, o contrário também é verdadeiro: “quem me ama, guarda as minhas palavras”.
O que me chama atenção é que em muitas de nossas catequeses, fomos educados para ”irmos a missa toda semana, confessarmos regularmente, cumprir os mandamentos, etc..” – claro que tudo isto é bom. Mas, a religiosidade colocada nestes termos nos foi apresentada como um conjunto de obrigações, regras, disciplinas, etc., a serem observadas, sob pena de não estarmos em comunhão com Deus.
Aqui Jesus não fala de regras, mandamentos, disciplinas, tarefas, obrigações, nada. Jesus fala em relacionamento baseado e fundamentado não em obrigações, mas em amor. Quem me ama guarda o que eu falo... A relação entre o ser humano e Deus é norteada pelo amor.
Isto é muito diferente da catequese tradicional! Não são nossos atos religiosos que me farão mais próximos ou não de Jesus – mas o amor.
Amar é caminho para encontrar-se com Deus.
Um dia Frei Vittório disse que estava com um pai que lhe perguntou o que deveria fazer para convencer/educar seu filho a ir para a Igreja. Frei lhe disse para não educar o filho para ir a Igreja, e sim para amar, pois se o filho dele amasse, com certeza encontraria a Deus, ao passo que ir para a Igreja, não necessariamente encontraria com Deus – e o que importa ao ser humano é encontrar-se com Deus.
A relação com Jesus é uma relação de amor entre duas pessoas – Ele e eu.
Ele me ama, e a mim cabe uma resposta de amor. O resto – guardar as palavras dEle, praticar o que Ele ensina, etc., - é consequência....
E, em outro trecho, se diz: “não se pode amar a Deus que não se vê, se não amamos o próximo a quem vemos...”
Portanto, a fórmula está dada: amar o outro é o grande passo para amar a Jesus. E este amor à Jesus é um amor de retribuição ou digamos, de sintonia/correspondência com o amor dEle por mim.
Para concluir, como diz Frei Ignácio Larrañaga: “só os que se sentem amados é que amam”. Logo, deixemo-nos o amor de Deus nos invadir, preencher nosso coração – e, como resposta natural, amemo-nos uns aos outros, pois nisto reconhecerão que somos discípulos dEle.
Amém!
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