O Papa de Hitler ou dos judeus? - Dom Redovino Rizzardo

Há 50 anos, no dia 9 de outubro de 1958, falecia o Papa Pio XII. Apesar da auréola de santidade que o cercou ao longo dos 20 anos de pontificado, após a morte, o seu nome foi censurado e sua ação – ou omissão – condenada por escritores, como Rolf Hochhuth, em “O Vigário”, e John Cornwell, em “O Papa de Hitler”. Na celebração alusiva ao aniversário da morte de seu antecessor, Bento XVI afirmou que Pio XII «agiu muitas vezes de forma secreta e silenciosa, porque, à luz das situações concretas daquele complexo momento histórico, ele intuía que só desta forma poderia evitar o pior e salvar o maior número possível de judeus». Para Bento XVI, o Papa Pio XII guiou a Igreja «numa época marcada por três totalitarismos: o nazismo, o fascismo e o comunismo». Seu pontificado se iniciou «quando se adensavam na Europa e no resto do mundo as nuvens ameaçadoras de um novo conflito mundial, que ele procurou evitar de todas as formas». Em sua alocução, Bento XVI se referiu à intensa obra de caridade promovida por Pio XII «em defesa dos perseguidos, sem distinção de religião, etnia, nacionalidade ou pertença política. Familiares e outras testemunhas falam de suas privações na alimentação, no aquecimento, no vestuário e a outras comodidades a que se submeteu, para partilhar a condição das pessoas duramente provadas pelos bombardeios e outras conseqüências da guerra». Por fim, o Papa citou os numerosos e unânimes atestados de gratidão dirigidos a Pio XII no final da guerra e por ocasião de sua morte, até mesmo pelas mais altas autoridades do mundo judaico. Dentre elas, lembrou as palavras da primeiro ministro Golda Meir: «Quando o martírio mais terrível se abateu sobre o nosso povo, durante os dez anos do terror nazista, a voz do Pontífice levantou-se em favor das vítimas». O pronunciamento de Golda Meir não foi uma voz isolada. Antes dela, já haviam sido numerosos os testemunhos de gratidão do povo judeu a Pio XII. No dia 28 de abril de 1944, o jornal “The Palestine Post” – que, a partir de 1950, se transformou no “The Jerusalem Post”, o periódico mais importante de Israel – publicou um artigo assinado por “um refugiado”, sob o título: “Uma audiência papal em tempo de guerra”. Nele, o autor relata que, em 1941, juntamente com vários outros judeus, foi recebido em audiência por Pio XII. Quando o Papa se aproximou dele, o então jovem escritor se apresentou como um judeu nascido na Alemanha. Ouvindo-o, Pio XII lhe perguntou: «O que posso fazer por você?». E acrescentou: «Sei muito bem o que significa ser judeu, mas espero que se sinta sempre orgulhoso por ser judeu. Você tem a mesma dignidade de qualquer outro ser humano que vive sobre a face da terra! Nunca se esqueça de se sentir feliz por ser judeu!». Em 1959, um ano após a morte de Pio XII, o judeu Guido Mendes, no mesmo jornal afirmou que «Pacelli foi o primeiro Papa que compartilhou, em seus anos de juventude, um jantar do Shabbat em uma casa judaica, debatendo informalmente sobre teologia judaica com eminentes membros da comunidade de Roma». Tendo nascido e residido em Roma, o Dr. Mendes relata que Eugênio Pacelli, o futuro Papa, ia com freqüência à sua casa, e vice-versa, «trocando interesses e idéias». Ambos eram jovens e muito amigos. Na hora de pensarem no futuro, o primeiro optou pela medicina e o segundo pelos estudos eclesiásticos. Em 1938, como Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pacelli ajudou a família Mendes, perseguida pelo governo fascista italiano, a se mudar para a Suíça e daí, no ano seguinte, para a Palestina. Outro testemunho é do rabino André Zoui, capelão do corpo expedicionário francês. No dia 22 de junho de 1944, encontrou-se com o Papa para agradecer a ele e aos sacerdotes católicos pela ajuda prestada aos judeus durante a Shoah. Ao mencionar a visita que fez ao Instituto Pio XI, lembra que nele foram recolhidas, durante seis meses, cerca de sessenta crianças judias. Impressionado pela «solicitude paternal de todos os professores», ouviu esta resposta de um deles: «Nada fizemos além do nosso dever». Dias antes, ele havia participado da solenidade alusiva à reabertura da sinagoga de Roma, fechada pelos nazistas em outubro de 1943. Em seu relatório, assinala a presença de um sacerdote francês, o Pe. Benoit, que viera a Roma para se dedicar à assistência de judeus empobrecidos. Conversando com ele, o rabino ouviu de seus lábios palavras que o tocaram profundamente: «Amo os judeus de todo coração». Nenhuma admiração, portanto, se a conclusão a que chegou foi esta: «Isso jamais poderá ser esquecido por Israel!».
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